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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Ser Negro no Brasil", uma abordagem sobre a cultura afro-brasileira



O último dia 22 de novembro foi um dia diferente na rotina dos inajaenses que visitaram a antiga CAGEP, o motivo era simples, a cultura negra estava sendo exposta, com o objetivo de mostrar sua beleza e dizer: queremos o fim do preconceito.
O projeto realizado pela Escola Antônio Guilherme Dias Lima, além de atrair a atenção possibilitou uma abordagem diferente à vida dos negros, seus costumes e suas crenças. E tudo isso foi exposto pelos próprios alunos que não esconderam a satisfação em participar do projeto.

"Nós pensamos que não existe mais preconceito, porém ainda há pessoas que não gostam de sentar perto dos negros... esse projeto serviu para demonstrar que não se pode ter preconceitos com ninguém independente da cor" - disse a estudante Benedita de Morais, 17 anos. 
Segundo o gestor da escola, o Sr. Aluiso Adauto da Silva, o objetivo do projeto foi atingido, e utilizou de uma estratégia diferente, mais divertida e dinâmica. Segundo Artemis, que ajudou a coordenar o projeto, "o projeto foi 90% apresentado, fugindo do método da confecção de cartazes, que já cansou a comunidade em geral". Segundo ela, o projeto mobilizou toda comunidade escolar, levando cerca de três meses de pesquisa de dados, confecção do material e ensaio dos alunos.
A realização deste projeto encontra-se de acordo com a Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que insere no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História da Cultura Afro-Brasileira". A realização deste projeto além de cumprir a lei leva a comunidade e alunos informações que muitas vezes são perdidas na história.
Segundo a professora Vanilda Adalva, 40, os alunos gostaram de participar. Ela abordou o tema da fitoterapia, demonstrando quais as plantas os negros utilizam como remédios. "Este tema pode ser socializado na sala de aula, abrangendo o que foi trabalhado no projeto, tema este que foi escolhido pelo próprio aluno" - conta.
Vanilda, porém, lamenta que houve restrição por parte de alguns professores que não estimularam seus alunos para o projeto "cada sala seria da responsabilidade de um professor, porém teve salas em que isso não ocorreu, mesmo assim foi muito bom".
O projeto contou com cerca de 23 apresentações, entre elas alunos do Colégio Laions de Arcoverde, que dançaram Samba de Coco, Hip hop e maracatu, símbolos da cultura local e internacional. Houve também a celebração afro, presidida pelo padre local, entrevistas na rádio Inajá-FM, participação da secretaria de saúde, entre outras ações.
O projeto foi elaborado pela Biblioteca Escolar e Centro Tecnológico Escolar, e contou com colaboração de todos os segmentos da Escola Antônio Guilherme Dias Lima.


VESTIMENTA DOS NEGROS DIZIAM MUITO SOBRE SUA SITUAÇÃO DE VIDA

O trabalho realizado pela professora Denise se preocupou em demonstrar a importância da vestimenta dos negros no contexto histórico que estavam inseridos. Ela nos conta: "havia uma diferença no modo de se vestir do negro da lavoura para o doméstico, o negro da lavoura tinha menos 'regalia' enquanto o doméstico tinha mais direitos".
Os alunos vestiram réplicas das roupas usadas pelos negros no contexto histórico abordado enquanto os outros explicavam a plateia que por sinal demonstrou ter gostado muito. Segundo a professora a empenho dos alunos foi muito importante para a realização do projeto. 

POR E-MAIL, ALUNA ENGRANDECE O PROJETO, E DIZ: "FOI MUITO BOM PASSAR POR ESTA EXPERIÊNCIA"

 
"Olá me chamo Paula Augusta N. Silva, tenho 16 anos e moro na cidade de Inajá.
Vou falar como tudo aconteceu. Começou com um simples trabalho escolar, foi um pouco difícil no começo, pois foi preciso quatro ensaios para começarmos a ter a coreografia. Mas, com muito esforço e dedicação de todas nós deu tudo certo. Dai chegou o grande momento da apresentação com toda força de vontade de todas nós, fomos para o palco com toda fé e coragem e demos um show... Pediram até BIS, depois desta apresentação convites foram surgindo para nos apresentarmos em outros colégios. Então a professora Paula Fagundes teve a ideia de colocar o nome do grupo "Paula e suas Pauletes". Sem esquecer que a coreografia foi feita por nós (professora e alunas) e saio ótimo.
A experiência do projeto:  Foi ótima, depois deste projeto eu, com todo o grupo, pudemos vê que os negros e brancos são todos iguais. Eu aprendi a ter mais respeito pelo próximo, também os direitos são iguais e que também outras pessoas que foram olhar a apresentação perceberam que esse trabalho marcou muito. Foi muito bom passar por essa experiência. Agradeço a Deus, a escola Antônio Guilherme e à professora Paula Fagundes.
Dia 22 de novembro de 2011, um dia que passou a ser importante na minha vida ou seja de todas nós do grupo. Mas também não só a nós, tenho certeza que as pessoas que foram lá sempre irão lembrar deste dia. OBRIGADA.
MENINAS DO GRUPO
Paula Augusta, Gracille Barbosa, Daniela Viana, Viviane Barbosa, Beatriz Araújo, Erlani Martins, Helena Paula, Ana Virginia, Maria Nadia, Everlandia Eunice, Andelice Santos, Natalia Adriana, Rita de Cassia, Thalita Araújo, Thaynara Xavier, Mayane Silva, Rosilânia Araújo. prof. Paula Fagundes.
(Conforme e-mail enviado por aluna)



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