Entrada de Inajá - Foto José Everton |
Por: José Everton e Leandro Bruno
Quem é de fora e passa por Inajá muitas vezes nem percebe que passou pela cidade.
Essa é a impressão principal de quem viaja pela BR 316, que corta o nosso município. Não há uma entrada para a cidade que é famosa por suas melancias. A única referência é uma placa, minúscula, colocada pelo DRE-PE (Departamento de Estradas e Rodagens de Pernambuco) que sinaliza que estamos chegando em Inajá.
Esse é um dos minúsculos problemas de infra-estrutura em nossa cidade: a sinalização inadequada. Há muitos outros que merecem atenção especial.
Alto do Jorro – Da lama aos buracos.
Aqueles que moram ou passam pela Rua Santos Dumont , localizada no bairro Alto do Jorro, se deparam com uma situação inusitada: uma quantidade enorme de buracos que quase impossibilita o trânsito de veículos. A situação já foi pior, pois nessa mesma rua o esgoto se encontrava a céu aberto e todos eram obrigados a andar na lama. A prefeitura, juntamente com o governo estadual, deu um fim a lama, porém restou os buracos, que incomodam, e muito.
A estudante Isamor Bezerra dos Santos, 19 anos. Conta que há 11 anos mora na segunda travessa Santos Dumont, e que sãos vários os problemas que acometem a região. Ela reclama que as ruas não são bem iluminadas e por isso sente medo quando vem do centro da cidade. Também fala da falta de saneamento e água em sua rua, o que a deixa indignada.
“Olhe chega água quando quer. A nossa sorte é um terreno que tenho ali na frente, lá chega água sempre, mas nas outras casas não”. Diz Isamor.
Ela ainda frisa que parece que não foi feito nada na Santos Dumont, pois: “não foi calçada (a rua) e se quer passaram uma máquina, e ainda tem as luzes que não funcionam e só faz juntar fumadores. – disse ela.
Cisterna usada por Isamor e vizinhos - Foto José Everton |
Ela ainda afirma que a situação piora quando chove: “Vários carros já quebraram, ou ficaram atolados ao tentar transitar pela rua. E quando vamos para o centro da cidade em época de chuva, precisamos levar duas sandálias, pois a que usamos aqui fica parecendo um sapato. Andamos nos segurando nas paredes” – completa Isamor.
“Eu me sinto humilhada, pois moro em uma comunidade pobre que não tem assistência e ainda mandam IPTU.”
Nossa equipe tentou explicar que o IPTU é um imposto que é pago pelo fato do domicílio se encontrar na área urbana (como o próprio nome diz: Imposto Predial Territorial Urbano), e a estudante criticou: “E você acha que aqui se parece com uma área urbana?”.
Pedimos então para verificar o terreno que ela disse que possuía. Esse terreno fica a poucos metros da sua casa e na mesma hora encontramos a agricultora Diomar Altelina da Silva, 24 anos. Ela vinha saindo do terreno acompanhada de outra mulher, e vinha carregando vários baldes. Perguntamos por que ela pegava água naquele local: “Nunca chegou água em minha casa, porém nesses dias chegou um pouquinho, mas já faltou” – disse a moradora.
A agricultora Diomar, aponta para os baldes que tem que carregar sempre que precisa de água. Foto: José Everton |
A água que é retirada da pequena cisterna de Isamor é utilizada para todos os serviços, desde lavar pratos, até para consumo humano.
A rua Santos Dumont já possui esgoto encanado, porém falta o tratamento do mesmo.
Andando até o fim da rua pode-se perceber vários buracos que revelam os canos de água e esgoto. Em algumas ruas a prefeitura ainda está fazendo o saneamento.
O problema é que sanear não é a única solução. Espera-se que os resíduos sejam tratados.
Quem tem mais de trinta anos que mora em Inajá, ainda lembra o Oásis que era o rio Moxotó, e hoje podemos ver em que ele se transformou, mais a frente trataremos melhor desse assunto.
O que causa?
Uma das principais causas dos problemas relatados pelos moradores no bairro alto do jorro é sem dúvida a falta de planejamento urbano. Esse problema não é único da cidade de Inajá, praticamente todas as cidades sofrem isso.
Esgoto que atravessa a rua de Isamor - Problema de infraestrutura e saúde pública. Foto: Leandro Bruno |
Para entendermos o sistema á assim: a cidade cresce, mas não possui recursos suficientes para beneficiar toda população, o que faz com que algumas áreas sejam beneficiadas e outras não.
Este é realmente muito amável para consciência, você fez uma coisa boa, mantem-no querido, meus todos os votos de felicidade com você, tomam cuidado.
ResponderExcluirConsiderações. Debasish Nayak. Índia.
Como cidadão inajaense, fico imensamente frustrado com o descaso da administração pública neste minicipio. O entra e sai de gestores municipais, ainda não resolveu nem mesmo os problemas mais relevantes.
ResponderExcluirPorém me alegro em ver que pessoas jovens, como eu, se preocupam de verdade com a vida na comunidade.Já estava na hora de usufruirmos de um meio de comunicação sério e sem partidarismo polítco, que possibilite a publicação de opiniões, sugestões e reclamações acerca do nosso municipio.Sempre adimirei a postura social dos senhores José Heverton e Leandro Bezerra, que no exercicio de sua cidadania, promovem este blog em demostração do amor e do compromisso que têm por essa cidade.
Hoje, como está?
ResponderExcluirÉ uma vergonha para a população e para o prefeito ver uma rua neste estado, uma rua não, um bairro por completo. O prefeito mandou colocar pedras em algumas ruas do alto mas está do msmo jeito ou pior, pois tapou alguns buracos, mas deixou um esgoto a céu aberto. Isso é uma vergonha.
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